sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


A Mantiqueira e os combatentes de 32
(clique nas imagens para ampliar)
*créditos Fernando Sousa e Lidia Rybarczyk

Num desses vários feriados de novembro, após mudanças de planos que me levaram a desistir de uma trilha maior por conta das chuvas, acabei aceitando o convite do amigo Fernando Sousa para fazer a travessia São Francisco Xavier - Monte Verde - São Francisco Xavier ("SFX"), junto com outros quatro montanhistas amigos dele (Célio Wong, Karine V. Angelini e Lydia Rybarczyk). 

Saímos de São Paulo bem cedo, umas 4 da madruga, em direção a São José dos Campos e após para SFX (distrito daquele).


Parada para um café da manhã reforçado antes de começar a pernada, com pose do tipo "reunião técnica"

A caminhada incluía a saída de SFX até o Pico da Onça, a descida até a rua principal de Monte Verde e em seguida subida até os Picos Chapéu do Bispo e Platô (todos na divisa SP-MG), retornando para SFX. Faríamos ainda o Pico do Selado, mas não deu tempo por conta de evitar retornar por um trecho muito longo no escuro.


Preparando-se para começar o trekking.


Trecho inicial de 4,7 km de subida pela Mantiqueira até o Pico da Onça, com trilha levemente demarcada.

A travessia toda é feita na região da Serra da Mantiqueira e, nos dias que antecederam a caminhada, como de costume, acabei dedicando algumas horas para pesquisar um pouco do cenário histórico da região. Para minha surpresa a região foi palco de batalhas travadas na Revolução Constitucionalista de 1932, existindo inclusive trincheiras paulistas em uma propriedade particular localizada em São Francisco Xavier - há inclusive uma trilha que passa por ela, mas que atualmente, até onde me informei, está com seu acesso fechado... A região, por conta de sua divisa com Minas Gerais, foi particularmente importante sob o ponto de vista estratégico e da concentração de tropas nas fronteiras com Minas, Rio de Janeiro e Paraná.


Mapa representando as principais frentes de combate.

Combatentes paulistas entrincheirados. A foto mostra bem o que eram as trincheiras feitas nas regiões acidentadas da Mantiqueira. 

Como não seria possível acessar a região de trincheiras em SFX não alteramos nosso percurso programado, e seguindo pelos 4,7 km iniciais de subida chegamos até o Pico da Onça, passando por uma bifurcação onde à direita leva até Monte Verde por um caminho no interior de uma propriedade da Melhoramentos.


No Pico da Onça (1958 m). Visual bonito com nevoeiro.


Bifurcação do "Jorge", olhando de quem sobe: à esquerda para o Pico da Onça, à direta para Monte Verde via propriedade da Melhoramentos.

O percurso pela Melhoramentos tem 4,3 km passando pelo bonito "bosque dos duendes" e por um trecho chato de bambuzal dobrado/caído na trilha, o que torna a caminhada um pouco exigente em termos de atenção para não cair. A volta, feita pelo mesmo caminho, significa um bom trecho de subida...

Bosque dos duendes. A trilha é bem demarcada, mas exige um certo cuidado para não se perder nos vazios.


Célio e Karine atravessando uma pinguela. 

Após o trecho de bambuzal a trilha volta a ter uma vegetação fechada, porém com caminho demarcado.

Percorridos os 4,5 km pela Melhoramentos, caminha-se mais 2 km até chegar na rua principal de Monte Vede. Estando na cidade é recomendado que seja feita uma parada para almoço.

Extraterrestres chegando na cidade... pelo menos não fomos de 4x4 pelo asfalto rs.

Relaxando um pouco num apoio rssss.

Do centro da cidade subimos mais 4,3 km até os Picos do Chapéu do Bispo e do Platô (1970 m), e por conta dos 15km que faltavam de volta e do horário (umas 15h), optamos por não seguir até o Pico do Selado (o mais distante). Aliás, olhando bem a cartografia, uma boa caminhada seria ligar o Pico da Onça direto ao Pico do Selado seguindo as cristas da divisa SP-MG, sem precisar descer até a cidade e depois subir novamente. 

Na verdade, o Célio e a Karine fizeram esse percurso na semana seguinte!! Segundo Karine: "fazer o percurso até o Selado partindo da Pedra da Onça caminhando o tempo todo por cima da Serra dos Poncianos é possível, sim! Tanto que eu e o Célio fizemos. Mas da Pedra da Onça até a Pedra Partida a trilha é complicada e em alguns momentos não há trilha. Então só indico para quem tem experiência em navegação e trilhas. E, ao chegar na Pedra Partida, o acesso exige um pequeno lance de escalada na rocha."

Em Monte Verde me informei com um antigo comerciante local (o dono do Star Bar) se existiriam trincheiras da Revolução de 32 na região - eu estava desconfiado que sim - aoque ele me confirmou a existência próxima ao Pico do Selado. Uma exploração local e uma pesquisa em bibliografias específicas teriam que ser feitas, mas a possibilidade real tornou mais atraente caminhar por aquele trecho.

Foto "oficial" no Chapéu do Bispo.
No Platô, estudando um pouco a região para avaliar as condições de ida até o Selado ou o retorno. Célião mandando bem na navegação...

Caminhar pela região propiciou tentar imaginar o que era combater, viver, sobreviver, naquela região montanhosa e de vegetação densa. 

 Visual do Platô; cristas da Mantiqueira e vegetação densa.

Combatentes na linha entre SP e MG, na Mantiqueira.

Foto de matéria publicada por jornal de Itapira sobre a recente descoberta de uma trincheira de 32 - não é da região de São Francisco Xavier ou de Monte Verde, mas denota o quão pouco conhecemos dos locais, da história, dos combatentes, etc.

Abaixo um mapa com o percurso percorrido plotado.
Total aproximado: 28km, em 10 horas.
O tracklog está disponível em http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=3563060

domingo, 30 de setembro de 2012


No calcanhar dos Incas
(clique nas imagens para ampliar)
Conforme prometido, hoje passo a ampliar os temas abordados nesse blog para incluir outras atividades além do ciclismo, mas sem perder o propósito que é tentar, sempre, relacionar o que vemos ou fazemos com a historia que está por detrás. Não sou expert em aventura, mas gosto de compartilhar os destinos interessantes por onde passo.

Hoje vamos caminhar por uma pequena parte da historia da civilização Inca, cujo império se estendia por todo o território do Peru e porções do Equador, Chile e Argentina, entre aproximadamente 1200 e 1533.

Fiz, no começo de setembro, durante 5 dias, a Trilha Salkantay, um “trekking” (caminhada) por uma trilha Inca que tem início nas proximidades da montanha nevada que dá nome à trilha (mais precisamente na cidade de Mollepata) e chega em Machu Picchu, perfazendo um total de 98 km, dos quais aproximadamente 60km foram percorridos andando e os demais em van - particularmente nos trechos onde a trilha passava por estradas de terra mais movimentadas (no começo e no final)...o que acabei achando bom, pois ganhamos tempo para aproveitar Machu Picchu por dois dias...

 Início da caminhada com o Salkantay ao fundo.

Iniciávamos os dias bem cedo, acordando às 5h30 para começar a caminhada às 7h – não é tão rápido todo o grupo “tomar banho”, fechar a mala, arrumar os itens da mochila de ataque, arrumar a barraca, tomar café, etc. Caminhávamos então até a hora do almoço e, após a parada para almoçar, até o fim da tarde, chegando ao próximo acampamento.

Grupo caminhando...

Segundo estudiosos havia mais de 40 mil quilômetros de trilhas Incas por todo o império, o que possibilitava a distribuição da produção da agricultura, encontros para as festividades aos deuses, a comunicação entre povoados, etc. O caminho de Salkantay era só mais um desses. A trilha é assim, sempre por encostas de altas montanhas, cruzando vales e rios, subindo e descendo:

Andando nas nuvens, talvez a uns 4400m

Cuidado pra não escorregar...

Cruzando rio

O horizonte por todo o caminho é bem peculiar por conta das altas montanhas, (sempre com mais de 3 mil metros) com cume triangular, típico das formações geológicas mais recentes:

Picos...

Ao contrário da trilha inca “clássica”, feita por um caminho calçado da época do próprio império e passando por vários sítios arqueológicos, a trilha de Salkantay é privilegiada e diferente por passar por diferentes paisagens, sendo possível notar as diferenças de fauna e flora a medida que a caminhada avança:


No cume da trilha, com o Salkantay ao fundo (nublado...), a 4656m (pelo meu GPS a placa estava errada...)


Salkantay, por alguns segundos enquanto as nuvens passavam por ele

A medida que a altitude diminui a vegetação começa a aparecer:

 Altitude mais baixa e vegetação aparecendo...

Pequeno sítio arqueológico no caminho

O quarto dia foi reservado para uma caminhada de 14 km pela ferrovia onde passa o trem até Águas Calientes (povoado ao pé de Machu Picchu), começando de onde estão construindo a nova hidrelétrica:

Pelas margens da ferrovia...  Após uns 10km já é possível avistar construções de Machu Picchu bem no alto da montanha, parecendo bloquinhos de brinquedo empilhados...

O acesso a Machu Picchu é possível de duas formas: por ônibus ou por uma loooonga escadaria, talvez com quase 1 quilometro e meio de subida por degraus. Claro que uma parte do grupo optou pelo modo mais hard:

Pela via da escadaria...

A medida em que subimos a cidade começa a aparecer...


Bom, acho que todos já viram aquelas fotos clássicas de Machu Picchu, então vou destacar abaixo algumas outras maravilhas escondidas (ao menos dos livros e do Google):

Uma das pedreiras de Machu Picchu, com destaque para uma pedra que estava sendo "cortada", possivelmente com estacas de madeira que iam inchando quando molhadas...

"Painel" talhado na própria pedra representando montanhas ao fundo

Pedra abandonada, com um suporte que era utilizado para ser rolada/puxada. Outro indício de que a cidade teve que ser abandonada...

Vista para a parte rural da cidade de quem olha pela parte urbana.

No dia seguinte, o segundo que teríamos visitando Machu Picchu, subimos até o topo da montanha que leva o mesmo nome. Creio que deve ter mais de 2 quilômetros de degraus, todos da época do império Inca. Lá de cima valeu a vista para todo o vale e também de onde começamos, o Salkantay:

Vale onde está Machu Picchu, foto tirada do cume da montanha de igual nome.

Do cume, com o Salkantay ao fundo, de onde começamos...

 Ao final do quinto dia (o segundo em Machu Picchu) regressamos a Cusco, de onde parti no dia seguinte para Nazca. A cultura Inca foi uma grande absorção de muitas outras culturas e saberes muito mais antigos. Seu império foi relativamente curto (1200 a 1533), mas muito antes existiram povos que dominaram saberes com tecidos, metais, cerâmicas, arquitetura e construção, astronomia, etc.

Os povos Nazca ocuparam uma grande extensão de um altiplano desértico até o litoral, e um dos maiores mistérios até hoje são as suas famosas linhas: desenhos com dezenas de metros de extensão feitos em sulcos de 15cm no deserto, visíveis apenas bem do alto:

Embora haja centenas de desenhos por toda a região o sobrevoo turístico passa por uma dúzia, sendo comum ainda hoje descobrirem novos desenhos e formas geométricas.

 O famoso "colibri" ou "beija-flor"

A atual cidade de Nazca guarda ainda uma grande obra de engenharia que são os aquedutos de Cantailloc: um sistema de captação de água de vales distantes, dezenas de quilômetros, para irrigação das áreas mais desérticas. Com a desertificação do que era então um campo mais fértil houve a necessidade de soluções de engenharia para possibilitar a agricultura:

Aquedutos que seguem em direção às montanhas, sumindo e reaparecendo.

Detalhe dos funis, por onde era possível acessar o canal de água para realizar reparos entre um funil e outro

Os Nazcas eram grandes ceramistas e dominavam a técnica da mumificação, mas saqueadores destruíram centenas de tumbas atrás das cerâmicas que valem centenas de dólares
Uma tumba reconstituída


Superfície do deserto com tumbas. Todas essas ondulações são tumbas que foram saqueadas.

Enfim, espero que este longo post tenha transmitido um pouco da historia por detrás de onde andei pelo Peru e que a narrativa e fotos tenham entusiasmado pessoas a fazer a Trilha Salkantay e conhecer o Peru. Para realizar a trilha recomendo que seja contratada uma agência local em Cusco (ou mesmo alguma aqui no Brasil que opera o roteiro) pois é essencial o suporte com guia, refeições, mulas etc. Para os mais experientes e aventureiros é só seguir o track.

Track para download e mapa para ser visualizado em:

terça-feira, 28 de agosto de 2012


São Paulo verde e distante: 3x APA Capivari-Monos, Serra do Mar e Linha Mairinque-Santos.

No último sábado estive pela terceira vez na região da APA Capivari-Monos (uma área de proteção ambiental), no extremo sul da cidade de São Paulo, região de Marsilac, a uns 40 km da minha casa (região do Pacaembu). Quem “descobriu” as várias opções de pedal por lá foi o Xandoq. Em maio nós dois fomos pedalando de Parelheiros até a Estação Evangelista de Souza, passando pela cachoeira de Marsilac e retornando pela estrada da barragem, fazendo um círculo.

Eu e Xandoq no marco da entrada da APA Capivari-Monos

Banco de areia e rio na cachoeira do Marsilac. Pouco volume de água por conta do período seco de maio. 

Como não sabíamos que as distâncias eram longas nem que é comum o tempo mudar de repente, ficamos bem exaustos e por sorte encontramos um mercadinho para um pit-stop antes de iniciar o trecho da volta:

Pit-stop, ainda bem que encontramos essa vendinha. Aprendi a não sair sem um corta-vento, 2l de água e comida energética.

Desta primeira incursão na região da APA ficou a vontade de voltar outras vezes para conhecer e explorar melhor a região. Em junho deste ano voltamos para a região com um grupo maior de amigos, com um espírito mais aventureiro e mais preparados para encarar um sobe e desce insano. O objetivo era chegar até o Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar, de onde, em dias de céu aberto, é possível enxergar o litoral (Itanhaém). O tracklog deste pedal esta abaixo. Total de 40km mas com muitas e boas subidas.

Iniciamos o pedal rumo ao Núcleo por um trecho de 3km por uma estrada paralela à linha do trem até a Ponte Velha, de onde pegaríamos uma estrada de terra até o destino:

 Início tranquilo de poucos metros por uma estrada paralela, logo a coisa piorou...
  
A estrada paralela (para manutenção da linha férrea) durou pouco pois logo se tornou um lamaçal (havia chovido muito na noite anterior) e resolvemos pedalar do outro lado. O problema é que logo depois nos deparamos com um trem com uns 100 vagões estacionado e sem estrada paralela. Resolvemos seguir “pedalando” do seu lado por um bom trecho, em meio a cascalhos e canaletas de águas de chuva:

"Pedal" muito estreito...

Resolvemos então cruzar o trem e voltar para a estrada paralela com o medo de perdermos a saída para a Ponte Velha (não dava para enxergar a continuação do caminho por conta do trem...).

Na Ponte Velha com ferrovia abaixo, início com forte teste psicológico...

Essa ferrovia é a linha Mairinque-Santos da Estrada de Ferro Sorocabana (“EFS”). A historia da EFS é muito interessante: foi criada a partir de uma preocupação de empresários brasileiros com o monopólio da São Paulo Railway (“SPR”), empresa inglesa que na época explorava o transporte ferroviário da capital do Estado até Santos. Marcos da SPR estão muito presentes na arquitetura da Estação da Luz e do complexo funicular de Paranapiacaba, por onde passei no meu primeiro pedal mais longo, em dezembro de 2011:

Interior da Estação da Luz.

 Vista do complexo funicular de Paranapiacaba. Ao fundo um relógio ao estilo "Big Ben".

Curioso que a sede administrativa da Estrada de Ferro Sorocabana e o início de sua linha na Capital ficavam bem próximas ao da São Paulo Railway-SPR (Luz), apenas algumas dezenas de metros. Atualmente o prédio abriga a Secretaria de Estado da Cultura e a sala de concertos Estação Júlio Prestes:

Torre da Estação Julio Prestes. A linha da EFS chegava bem aqui.

Vista da atual sala de concertos, onde outrora foi um grande pátio de passageiros. Detalhe para o grande vão cercado de enormes colunas.

Na segunda vez que pedalei pela região da APA seguimos até o Núcleo Curucutu do Parque Estadual da Serra do Mar (ver tracklog abaixo), onde há uma base permanente com um corpo de funcionários do Parque:
Queda brusca da temperatura na chegada do Núcleo. Não deu pra ver litoral algum. Na foto eu, Xandoq, Filipe, Mari, Fê, Zé e Danilo. Valeu!

Turma na base do Núcleo.
Vista geral da base, com alojamentos e áreas comuns. Frio e nublado.

Voltando à Estrada de Ferro Sorocabana... ela foi criada em 1870 por empresários sorocabanos e teve seu primeiro trecho inaugurado em 1875 (a SPR iniciou o tráfego em sua linha em 1867). Abaixo, foto da construção da linha Mairinque-Santos (total de 135 km de extensão) 
Arquivo de internet. Não sei se do trecho da Serra do Mar, mas com certeza reflete bem o que deve ter sido a construção da linha como um todo... Época em que só havia pá e mula e sem equipamento de proteção algum.

A EFS se expandiu paulatinamente a todo o interior do Estado, chegando até Presidente Prudente em 1919, servindo como importante ramal para exportação da produção de café até chegar em Assis. O trecho até Santos foi realizado pela primeira vez em 1937, pondo fim ao monopólio da SPR.

Além do escoamento da produção agrícola (principalmente o café) os ramais da EFS também transportavam passageiros. Em nosso pedal passamos pela Estação Evangelista de Souza, desativada em 1997:
Estação Evangelista de Souza

Foto de um antigo vagão de passageiros abandonado nas proximidades.

Segundo pesquisa que fiz na internet a construção da EFS em seu ramal para a descida de Santos foi feita em duas frentes, uma descendo a serra e outra subindo. Deve ter sido complicadíssimo vencer os quase 800metros de desnível, exigindo a construção de túneis com curvas, a transposição de grotões e abismos por meio de pontes suspensas, e a travessia de rios:

Foto do túnel 27, o primeiro da descida.

  
Foto da ferrovia passando por uma grota. Foto do Augusto, que fez uma travessia na região (http://agsts.multiply.com). Acabei não tirando nenhuma pois dava vertigem só de olhar...

Para se ter uma ideia dessa obra, hoje desliza pelos seus trilhos composições com mais de 100 vagões, puxados por até 5 máquinas de tração com mais de 4.400 hp cada uma:

Dom e Fernando acenando para o motorista...

Na terceira vez que fui pra região estive com o Dom e o Fernando, com quem tenho pedalado já há algumas ocasiões. A proposta era sair de Marsilac, passar pela estação Evangelista e chegar até o túnel 27, de onde tem início uma trilha para a cachoeira da Usina (ver tracklog do percurso abaixo). Foi interessante explorar um pouco mais a região e a linha Mairinque-Santos, ver cenas muito inusitadas (como uma pilha enorme de dormentes), passar por grotões, adentrar bastante pela Serra e chegar até o túnel 27


O lado ruim desse “pedal” foi ter que empurrar muito a bike pelos trilhos pois pedalar no cascalho não é fácil, e nem nos dormentes, onde a bike fica “pulando”.


Dom e Fernando empurrando a bike, sol forte e muito calor sendo refletido dos ferros e cascalhos.

Ficou em aberto conhecer a cachoeira da Usina Capivari (vimos a entrada dela, mas seriam mais uns 2km de trilha pela mata) e, futuramente, uma travessia pelas encostas até Itanhaém que tem início no túnel 24 (a trilha do Rio Branco):

Entrada para a trilha da cachoeira da usina, uns 100m antes do túnel 27.

Abaixo os tracklogs. É possível visualizar na base do google maps sem precisar baixar para o GPS...
Trilha 1:APA Capivari-Monos - Marsilac - Núcleo Curucutu

Trilha 2: APA Capivari-Monos - Marsilac - Cachoeira Usina Capivari